domingo, 6 de julho de 2025

Libido em Neurodivergentes: TDAH

Imagem sobre Sexualidade e Neurodivergência

Quando falamos de sexualidade, muita gente ainda imagina um modelo “padrão” de desejo, prazer e comportamento íntimo. Mas... e se o seu cérebro não seguir esse padrão? Se você for neurodivergente, ou seja, se tem um funcionamento neurológico diferente da maioria, como no TDAH, TEA, Transtorno Bipolar, Borderline ou Superdotação – é bem provável que sua experiência com o sexo também fuja do “normal”.

Isso não é problema. É só outra forma de viver o prazer.

Neste espaço, vamos falar sem frescura (mas com respeito e acolhimento) sobre como diferentes formas de neurodivergência impactam a vida sexual. Os desafios, as potências, os conflitos, as soluções possíveis. Nada de papo acadêmico ou diagnóstico seco, aqui a gente conversa com quem vive na pele (e na mente) essas experiências.

Além disso, vou traduzir aqui os resultados de um estudo que desenvolvi com base em relatos reais de pessoas neurodivergentes. As amostragens coletadas nesse levantamento estão integradas ao conteúdo, trazendo ainda mais vida e verdade ao que você vai ler.

Então bora mergulhar nesse universo onde o desejo também tem nuances, intensidade e caminhos únicos?

Começando com TDAH:

Quem tem TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) costuma viver com a mente a mil por hora e isso, claro, também se reflete na vida sexual. E não, não é só sobre transar mais. É sobre como o cérebro busca estímulos, se entedia fácil e pode acabar usando o sexo como forma de aliviar o turbilhão interno.

O que a ciência já percebeu:

Pessoas com TDAH tendem a iniciar a vida sexual mais cedo, ter mais parceiros e, às vezes, se expor a mais riscos – como sexo sem proteção. Parte disso vem da impulsividade típica do transtorno, da busca constante por novidade e da dificuldade em medir consequências no calor do momento.

E a medicação?

Sim, o famoso metilfenidato (e outros remédios usados no TDAH) pode ajudar a reduzir comportamentos impulsivos e até mexer no apetite sexual. Algumas pessoas relatam que ficam mais centradas, menos compulsivas, outras sentem o desejo sexual diminuir. Cada corpo reage de um jeito.

O que ouvimos de quem vive isso:

  • Libido instável, que vai do 8 ao 80.
  • Dificuldade de se concentrar durante o sexo.
  • Tédio depois que a novidade passa.
  • Uso do sexo como fuga emocional ou válvula de escape.
  • Impacto direto do diagnóstico e da medicação no desejo e nas relações.

O que pode ajudar?

  • Criar rotinas eróticas: sim, rotina pode ser sexy, ajuda a manter o foco e o vínculo.
  • Conversar com o(a) parceiro(a) sobre impulsos, limites e necessidades.
  • Psicoterapia que ajude na regulação emocional e na construção de uma sexualidade mais consciente.
  • Rever a medicação com o psiquiatra se ela estiver afetando demais a libido (pra mais ou pra menos).

No fim das contas, entender o próprio funcionamento é libertador. E com o TDAH, o autoconhecimento é uma ferramenta erótica poderosa. Não é sobre “consertar” nada, é sobre ajustar o volume do rádio pra escutar melhor o próprio corpo e desejo.

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