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25/11 Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres
25/11 Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres
A violência contra a mulher é um dos fenômenos sociais mais absurdos e inaceitáveis. É uma tática consciente para obter poder e controle sobre a mulher. Quando acontece em ambiente familiar é uma fonte de medo, dano físico e psicológico à mulher e também às crianças, incluindo todos os tipos de ameaças e privação de liberdade.
A violência contra a mulher não é doença genética, nem consequência de alcoolismo, drogas, estresse ou raiva descontrolada, tampouco consequência do comportamento da vítima ou da pobreza. A violência contra a mulher é fruto da desigualdade entre homens e mulheres. Vamos acabar com a desigualdade! Vamos acabar com a violência contra a mulher!
No Brasil, há mais de três décadas, as mulheres denunciam e tentam dar visibilidade a essa situação. Neste período o país participou de várias convenções e assinou diversos tratados em prol da redução da violência doméstica e de gênero. O Governo Federal lançou um Plano Nacional de Prevenção e Redução da Violência Doméstica e de Gênero. Porém, todas estas iniciativas ainda não tem desencadeado um processo de mudança que de fato supere a violência contra a mulher.
É fato que, em nosso contexto de tantas contradições socioeconômicas, as mulheres são vítimas de violência tanto quanto os homens. Mas a situação das mulheres é ainda agravada pela violência sexista.
Em nosso país grande número de mulheres vive em situação de violência física e psicológica (63% das mulheres brasileiras já sofreu algum tipo de violência) e, especialmente, a violência doméstica (75% dos casos de violência contra as mulheres e crianças acontecem no âmbito familiar). A casa, espaço da família, antes considerada lugar de proteção passa a ser um local de risco para as mulheres e crianças. O alto índice de conflitos doméstico já destruiu o mito do "lar, doce lar". As expressões mais terríveis da violência contra a mulher estão situadas na casa que já foi o espaço de maior proteção e abrigo.
Acostumamos-nos a considerar como violência somente os atos que provocam algum tipo de lesão física. No entanto, a violência também ocorre na forma de destruição de bens, ofensas, intimidação das filhas e dos filhos, humilhações, ameaças e uma série de atitudes de agressão e desprezo; situações que desrespeitam os direitos das mulheres sejam na rua, nas escolas, nos consultórios, nos ônibus, nas festas e, sobretudo, em casa.
VIOLÊNCIA SEXUAL
Relações sexuais quando a mulher está com alguma doença, colocando sua saúde em perigo.
Relações sexuais forçadas ou que não lhe agradam.
Gestos e atitudes obscenas, assédio sexual.
Exibição do desempenho sexual do homem.
Discriminação pela opção sexual.
VIOLÊNCIA FÍSICA E EMOCIONAL
Sofrer agressões físicas, inclusive, deixando marcas, como hematomas, cortes, arranhões, manchas, fraturas.
Sofrer humilhações e ameaças diante de filhos e filhas.
Ser impedida de sair para o trabalho ou para outros lugares e trancada em casa.
Ficar sozinha com o cuidado e a educação das crianças
Sofrer ameaças como de espancamento e morte, incluindo suas crianças
Ficar sem assistência quando está doente ou grávida
Ter utensílios e móveis quebrados e roupas rasgadas
Ter documentos destruídos ou escondidos.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA.
Ignorar a existência da mulher e criticá-la, inclusive, através de ironias e piadas sexistas/machistas.
Falar mal de seu corpo.
Insinuações de que têm amantes.
Ofensas morais contra a mulher e a sua família.
Humilhação e desonra, inclusive, na frente de outras pessoas.
Desrespeito pelo trabalho da mulher em casa.
Críticas constantes pela sua atuação como mãe.
Uso de linguagem ofensiva em relação à sua pessoa.
VIOLÊNCIA RELIGIOSA
Considerar as mulheres como inferiores e justificar isso usando a Bíblia ou tradição religiosa
Culpar as mulheres pelo mal e pela morte ou a causa do pecado
Usar as cerimônias matrimoniais para afirmar a supremacia masculina e a submissão das mulheres
Não permitir às mulheres à participação plena e ativa da vida religiosa e desqualificá-las em sua atuação religiosa e vivência de fé
Fazer uso de textos bíblicos específicos para desqualificar ou impedir a participação religiosa plena, negando às mulheres a potencialidade e participação
Fazer uso de linguagem discriminatória, em que as mulheres não estão incluídas
Estabelecer normas ético morais que limitam a vida das mulheres. Estabelecendo critérios de conduta diferenciados para homens e mulheres.
Ter o salário diminuído em função da profissão ou remuneração do companheiro
Ser discriminada por estar divorciada, ou por ser mãe sem ser casada
Ser induzida a silenciar sobre a situação de violência e não receber acompanhamento pastoral adequada em situações de violência.
VIOLÊNCIA SOCIAL
Salários diferenciados para o mesmo cargo
Exigência de boa aparência
Assédio sexual
Exigência de atestado de laqueadura ou exame de gravidez
Discriminação em função de posicionamento político ou religioso
Expor e usar o corpo da mulher como objeto nos meios de comunicação
Promover e explorar a prostituição de meninas e o turismo sexual.
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