Pessoas
no espectro autista (TEA - Transtorno do Espectro Autista) têm uma relação com
o corpo e com o outro que pode ser diferente do que muita gente espera. A
sexualidade no TEA não é menos intensa, só precisa de um outro ritmo, mais
clareza e, às vezes, menos barulho (literalmente).
O
que costuma aparecer com mais frequência?
Hiper
ou hipo-sensibilidade ao toque. Tem gente que sente tudo demais (e se
incomoda), e tem quem precise de estímulos mais intensos pra realmente perceber
o prazer.
Dificuldade com comunicação não verbal, aquelas entrelinhas do flerte, do clima, do “vem cá” podem ser confusas.
Foco intenso em interesses específicos, que pode se refletir também em fantasias sexuais bem particulares.
Dificuldade em perceber as próprias emoções e as do outro (alexitimia), o que pode atrapalhar a conexão afetiva e sexual.
O
que ouvimos de quem vive isso:
Dúvidas
sobre como seduzir ou se deixar seduzir.
Confusão com sinais sociais durante o sexo.
Desconforto com certas texturas, cheiros ou tipos de toque.
Algumas pessoas também relatam uma libido intensa, mas com dificuldades em encontrar com quem dividir isso de forma segura.
O
que pode ajudar?
Acordos
claros e combinados prévios: segurança e previsibilidade deixam o corpo mais à
vontade pro prazer.
Comunicação direta e sem joguinhos: sim, o literal pode ser sexy!
Explorar o erotismo respeitando as particularidades sensoriais (escolher o ambiente, tipo de toque, tempo, cheiros, sons...).
Terapia que ajude na leitura de emoções e expressões, além do desenvolvimento da sexualidade com mais autonomia.
Sexo com TEA não é um “problema” a ser resolvido. É apenas uma dança diferente, com outro ritmo... quando os passos se encaixam, pode ser uma experiência profunda, honesta e incrivelmente prazerosa.
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