Couro e o fetiche que combina elementos estéticos, psicológicos e físicos.

A cultura do couro -do inglês leather- inclui práticas que são organizadas com um propósito sexual ou erótico.

Uma das maneiras pelas quais os "couros" se distinguem das culturas sexuais convencionais é através do uso de roupas e/ou acessórios pretos e todos os tipos de artigos de couro sensuais.

Embora a verdade seja que a cultura do couro ocorre muito mais na comunidade gay, ela não é exclusiva deles, pois podemos encontrá-la em outras comunidades, como lésbicas, bissexuais e, claro, heterossexuais.

Algo importante a se notar é que muitas pessoas associam a cultura do couro a um tipo de fetichismo ou a práticas de bondage, mas para muitas outras, o fato de usar acessórios de couro preto é simplesmente uma moda erótica que potencializa a sexualidade de quem a usa, também tem gente que tende a associar esse tipo de acessório com motos famosas, tatuagens e até rock and roll e claro heavy metal, mas ei, já que peguei a tarefa de pesquisar um pouco sobre o assunto, aqui vão algumas informações sobre isto.

O inicio

Aprofundando no assunto me deparei com um livro chamado "Leatherman's" de Larry Townsend, publicado em 1972, que, em essência, fala sobre toda a cultura -ou como eles chamam subcultura- do couro, suas origens nos anos 70 na comunidade gay e toda uma vibe de bondage sobre isso, já que toca no assunto de submissos e masoquistas de couro e como o grau de couro deles avança através de uma série de níveis e treinamento... Algo um tanto complicado de entender. Mas se você quiser entendê-lo um pouco mais, pode assistir ao filme Cruising com Al Pacino, onde ele interpreta um policial que entra no mundo do couro gay para solucionar uma série de assassinatos. O interessante do filme é como esse homem heterossexual se deixa seduzir por este mundo desconhecido de bares onde praticamente todos têm um aspecto semelhante, vulgarmente chamados de bares de urso...

Lembro-me de ter ficado muito impressionada quando o vi, mas o ponto principal é que isso foi anos atrás, então não tenho certeza se o filme resistiu ao teste do tempo. Embora seja preciso esclarecer que muito antes do belo Marlon Brando no filme de 1953, O Selvagem (The Wild One) com seu jeans justo, camiseta bem justa e boné e jaqueta de couro em uma motocicleta, talvez até sem querer, ele criou um imagem icônica de couro, que anos depois foi adotada pela comunidade gay.

Mulheres e a cultura do couro

No início, muito poucas lésbicas e outras mulheres heterossexuais participaram da cultura do couro dos anos 70, mas isso mudou com o tempo, seja pela popularidade do bondage ou pelo design de acessórios, já que hoje em dia você pode encontrar alguns dos mais sexy do mundo e é cada vez mais comum vermos mulheres a comprarem este tipo de artigos em pele ou látex, desde espartilhos a botas muito compridas, a sapatos de salto alto ou cabides, seja por gosto ou moda e é que são incríveis para rpg ou para usar em qualquer festa a fantasia no estilo Halloween, já que eles têm o poder de fazer você parecer e se sentir tãããããão sexy.

E a música?

A cultura do couro influenciou consideravelmente a estética das primeiras bandas de Heavy Metal, destacando-se um grupo como o Judas Priest, através de seu vocalista Rob Halford, essa estética permeou definitivamente o movimento, tornando-se uma característica do estilo, nos anos noventa seria recuperado pelo Black metal e até rock and roll.

Podemos falar de milhares de bandas de rock que tem influência de couro como Metallica e Queen, passando pelos Rolling Stones, mas aqui vale a pena citar Cher -quando ela era roqueira- que usava uma roupa de couro no vídeo "If I Could Turn Back Time", que deixou o mundo de boca aberta, marcando a moda e tornando esse tipo de look acessível para as mulheres...

Então, da próxima vez que você for a um sex shop e quiser comprar algo sexy -além de lingerie- dê uma olhada nos artigos de couro que eles têm, talvez você descubra algo novo em você, nunca se sabe...

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